terça-feira, 4 de maio de 2010

Campeão absoluto deste ano


Para inaugurar esse blog eu não poderia deixar de falar da final do Campeonato Paulista de 2010 e da sucessão de eventos que presenciei por conta dele.
Não posso ser considerada uma grande fã do futebol, mas como boa brasileira, gosto de um bom jogo, torço e vibro pelo meu time de coração e obviamente pela seleção. No meu caso, aprendi a amar o Santos, por influência do papai, que sim é extremamente fanático, fato que poderão comprovar até o fim desse texto.
Ao falar do Santos, muitos logo pensam no Rei Pelé, que teve seu primeiros dias de glória na Vila Belmiro, ou mais recentemente na dupla Diego e Robinho, que deu um grande show e ajudou na conquista da taça do Campeonato Brasileiro em 2002 e 2004. Mas enste ano tudo isso mudou, e o Brasil inteiro está de olho no Peixe, todos maravilhados com o espetáculo dos meninos da vila.
Neymar, Robinho, Paulo Henrique Ganso, André, entre outras feras conferiram ao time o melhor ataque do Paulistão 2010, fazendo com que os amantes do futebol, santistas ou não, se emocionassem a cada passe, cada jogada, e cada gol, e que gols.
No domingo às 4 da tarde, a família toda estava reunida aqui em casa pra ver o nosso glorioso jogar contra o Santo André. Ninguém duvidava que a taça estava em nossas mãos. Mas o jogo não foi tão fácil quanto podíamos esperar com base nos outros resultados.Toda vez que o Santo André dominava a bola gritavamos furiosos e já nos últimos minutos do segundo tempo, ninguém mais estava sentado. A minha mãe, que tem pressão alta, já estava quase dando um ataque, morrendo de medo de um gol que tiraria de nós o sonho da vitória.
Mas o jogo terminou e o Santos foi campeão. E foi aí que a festa começou. Não temos muitos santistas aqui em Teixeira de Freitas, mas o meu pai não se importa, e sozinho compensou uma torcida inteira. Colocou a hino bem alto no carro e foi pras ruas munido de bandeiras, gritos e muita alegria. Parava nos principais pontos da cidade, onde tivesse muita gente, descia do carro e gritava, tirava e rodava a camisa alvinegra, fazia pedaladas, brincava com as pessoas, dava um verdadeiro show. Tudo isso durou umas 3 horas, e só para destacar, não houve inclusão de bebidas alcoolicas. No outro dia, em plena segunda feira, o processo foi repetido, mas dessa vez com uma novidade: assim como o pai do Neymar, o meu pai também fez um moicano, em homenagem ao craque e revelação santista. Sim, ele foi a sensação da cidade, mostrando a sua paixão que vem desde 1963, quando era apenas um menino de 5 anos de idade.
Pode-se pensar: vinte homens correndo atrás de uma bola, dois homens defendendo uma rede, pessoas gritando por isso quase irracionalmente? Pra quê tudo isso? Vamos fazer algo mais proveitoso com o nosso tempo livre. Tá bom, essa desculpa não cola. Tente pensar nisso numa final de um campeonato ou da Copa do Mundo, desligar a TV ou sair do estádio para ir ler um livro. Impossível. Gritemos quase irracionalmente, pois, com o coração na mão durante os emocionantes 90 minutos como bons brasileiros que somos. E claro, para finalizar:
"Jogue onde jogar, és o leão do mar, salve o nosso campeão"
Reverências ao time soberano do futebol brasileiro, por favor.

Beijinhos meus queridos e até breve.

Yara Lopes

2 comentários:

  1. Bem, não curto muito futebol, mas parabéns pelo início desse blog! rsrs! Muito obrigado pela visita lá no Muitos Em Um. E fique ligada, que até o final do ano "Contos de Luana" será publicado em livro! :)

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  2. Yara! Que ótimo seu texto! Você escreve super bem! Jornalista profissional já. Parabéns pelo Blog, vou continuar lendo sempre.
    Beijos! :D

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