sábado, 27 de novembro de 2010

Um adeus



"Come on, come on, don't leave me like this
I thought I had you figured out"

Eles vem e vão
Aparecem quando querem
Fazem mil promessas
Desaparecem sem permissão

Se mostram surpreendentes
Parece até que vai dar certo
Mas é enganar a si mesma
Achar que pode ser diferente

Uma noite onírica
Com um tom de esperança
E um tremor ao tocar

Um apressado adeus
Vai-se embora mais uma vez
Nada se lembrou de deixar
Yara Lopes

sábado, 13 de novembro de 2010

Nada

Os momentos tristes aparecem. Aqueles que te fazem lembrar de tudo em câmera lenta. Aqueles que quando acontecem já ficam gravados em você, já sabendo que provocarão estragos tremendos. Aqueles que te fazem chorar e que te causam dor. Deixe a dor inundar. Chega um momento em que ela é tão forte que te adormece. Não adianta tentar não sentir. Passe por isso. Sinta a sua dor. Veja ela sumir. Ou veja ela se alojar.

Existem milhares de coisas me esperando no meu mundo. No mundo real, que não espera os seus problemas se resolverem. Eu sei que deveria não me esconder, voltar pra esse mundo. Mas eu nem ligo. Vou me delisgar por um tempo. Vou me permitir inundar.

Três palavras mudam tudo. Te fazem acordar. Me fizeram querer dormir. E é por isso que anseio agora. Preciso voltar pra casa. Vou me reencontrar agora que já vi o que achei que tinha perdido. Isso porque as pessoas sentem coisas diferentes, o que parecia impossível é o que se aproxima mais rápido.

Não queria que tivesse acontecido. Mas foi o melhor que eu poderia ter merecido. É o que deveria ter esperado. Devemos seguir mais o que pede nossa cabeça. Eu segui o coração. Olhei pra trás. Não quero pensar no que vem pela frente. É preciso ficar longe de tudo, longe de si.

Eu achei que nós havíamos chegado tão perto. Eu fui longe demais. Fiz sozinha o caminho de dois. Vou voltar pra mim.

Yara Lopes