terça-feira, 1 de junho de 2010

Um sábado a noite


Bom, tive a maior surpresa ao entrar no msn hoje e receber uma mensagem de quando eu estava offline. Um amigo precioso me deixou um presente sem nem saber, um texto maravilhoso, que não posso deixar de compartilhar. Desde já agradeço a ele pelas ideias maravilhosas, e por ser uma pessoa tão brilhante e importante pra mim.

"Anonimamente eu me desconheço. Nesses momentos eu creio em alma, mas creio nela separada da minha carne. Perco minha identidade, e não sei, sinceramente, onde a maldita foi enfiar-se.
Os momentos sós revelam os fracos. Humpf! Todos são fracos. E tudo isso por causa de um sábado sozinho. Não, na verdade, tudo isso é porque, não importa o que se faça, é cíclico, eternamente cíclico.
São cinquenta e duas noites de um sábado em cada ano da minha vida que não sei quando acabará. Podem ser outros lotes de cinquenta ou apenas mais um. Será essa a graça da vida? Viver sem saber quando morrer. Ou a graça talvez seja que a única certeza da vida, que é a morte, é totalmente desorganizada. Ela quebra todas as regras.
Podemos planejar até o sexo casual. No elevador, na cabide de roupa, no taxi.
Isso que é covardia, ter medo de chegar na garota que você gosta, ter medo de dirigir. É incrível como o medo é apenas planejamento. O medo não é de chegar na garota, o medo é de perder o planejamento que inconscientemente é feito. Como pode-se pensar em casamento à primeira vista????
Então, se olharmos que a morte é a desorganização e a vida é uma estrutura montada, a vida normal que vale a pena, a vida sem rotina, a vida sem medo, é muito próxima da morte. A morte torna-se, então, apenas mais um fato. Fato como ir ao banheiro e mandar toda a lazanha que te deu tanto trabalho pra fazer, embora. É isso. Decepção. A decepção é estranhamente gloriosa. É a decepção que te faz ter prazer no prazer. Vida leva decepção, que leva à morte, ou não...
Um sábado sozinho é extremamente angustiante.
É horrível você pensar que tem 80 anos pra virar adubo, e tu faz de tudo pra virar o adubo de pior qualidade. Olha pras bobeiras que você faz e se enraivece, porque não faz nada pra mudar. Tu prende-se a tolices, a babaquices. Tu queres ser a melhor pessoa para os outros, e esquece que quando erra, é tu que se ferra. Não é que ser o melhor pra tu mesmo não é egoísmo ou muito Narcisismo. Porque, pensa... Não sei."

Nem tem muito o que falar sobre isso né? Dá pra fazer refletir bastante...

Yara Lopes

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